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Dream Theater - "Black Clouds & Silver Linings" Review

Os Dream Theater são uma banda sobejamente conhecida e que não precisa de ser apresentada. Ao longo de mais de 20 anos, mostraram todo o seu talento e classe, em alguns dos mais importantes álbuns de Metal Progressivo.
Este "Black Clouds & Silver Linings" não foge à regra, demonstrando ser uma excelente adição à rica discografia do colectivo.
O álbum começa com "A Nightmare To Remember", uma fantástica faixa (que a meu ver é a melhor do álbum) com 16:10 minutos que consegue prender o ouvinte, coisa que poucas bandas conseguem fazer em tanto tempo de música. É um dos temas mais pesados do álbum, embora com muita melodia. Mike Portnoy demonstra aqui o seu talento, com uma bateria bastante inventiva e imprevisível e até com um blast beat na parte final. Portnoy destaca-se também por entrar a meio da música, com a sua voz mais agressiva do que a de LaBrie.
"A Rite Of Passage" inicia com um som de guitarra e teclado meio Àrabe, sendo a melodia principal da música; depois James LaBrie entra em 'cena' com uma voz mais agressiva do que o habitual, voltando em seguida à sua voz normal mais suave para um excelente refrão, um dos melhores do álbum, daí a escolha natural para primeiro single; com 8 minutos de música, há ainda tempo para John Petrucci e Jordan Rudess mostrarem os seus dotes técnicos com excelentes solos de guitarra e teclado respectivamente, fazendo lembrar um pouco os Megadeth dos tempos áureos.
O álbum acalma em seguida com a música mais curta do álbum, com a duração de 5 minutos, é mais uma excelente balada, algo que os Dream Theater sempre mostraram saber fazer nesta profícua carreira.
Para contra-balançar com a música anterior, vem "The Shattered Fortress", a faixa mais pesada do álbum, a equiparar-se com as partes mais fortes em termos de peso de "A Nightmare To Remember" . Mike Portnoy 'auxilia' aqui LaBrie novamente na parte inicial, com a sua voz mais agreste, cantando intercaladamente com o vocalista. A banda revisita aqui excertos de músicas antigas como "This Dying Soul", "The Root Of All Evil" e "The Glass Prision". Esta música com quase 13 minutos, dá tempo aos músicos para se mostrarem, principalmente Petrucci com os seus solos virtuosos.
A 5ª música denominada "The Best Of Times", foi escrita por Portnoy como dedicatória ao seu pai que faleceu durante as gravações deste álbum. É uma música mais calma, que inicía em piano e violino, trazendo consigo uma carga mais emocional, LaBrie canta com especial sentimento, principalmente na segunda parte da música, que aí se torna numa balada. Esta é a melhor parte desta faixa, que apesar de ser boa, não se destaca tanto como as restantes do CD. Referência para um longo e fabuloso solo de guitarra por parte de Petrucci, já no final da música.
Para finalizar o álbum em grande, nada melhor do que um tema como "The Count Of Tuscany", um fabuloso épico de 19 minutos que certamente se tornará um clássico da banda, a par da primeira faixa do álbum. Nesta música encontramos uma grande performance de todos os intervenientes. Grande parte da segunda metade da música é quase ambiental e quando se pensa que a música vai ternimar assim, aparece a guitarra acústica e LaBrie a cantar, num final apoteótico. Grande final, palavras para quê? O melhor mesmo é ouvir!

Nota: 8.8/10




"Black Clouds & Silver Linings" Tracklist:


01. A Nightmare to Remember
02. A Rite of Passage

03. Wither

04. The Shattered Fortress

05. The Best of Times

06. The Count of Tuscany



Site Oficial: http://www.dreamtheater.net/
Myspace Oficial:
http://www.myspace.com/dreamtheater

Review por Mário Rodrigues